A Prefeitura de Campos Altos, em parceria com a Câmara Municipal, aprovou um repasse financeiro emergencial à Santa Casa de Misericórdia do município, que enfrenta atualmente uma dívida de aproximadamente R$ 1,2 milhão junto à Receita Federal.
Segundo o prefeito Vicente de Paulo Mateus, a gestão municipal buscou o apoio do Legislativo para construir uma solução conjunta, diante da gravidade da situação financeira da instituição de saúde. “Foi necessário agir com urgência para evitar prejuízos ainda maiores à população que depende do atendimento da Santa Casa”, afirmou o chefe do Executivo.
Diversas reuniões foram realizadas entre representantes dos dois poderes, com o objetivo de encontrar alternativas viáveis para amenizar os impactos da dívida e garantir a continuidade dos serviços prestados à comunidade.
O presidente da Câmara Municipal, Ubirajara Martins, destacou que a principal preocupação dos vereadores foi impedir que o débito acumulado levasse ao bloqueio de recursos, o que comprometeria ainda mais a atuação da entidade. Ele afirmou que o tema já vinha sendo acompanhado de perto pelos parlamentares e que foi tratado como prioridade nas discussões com o Executivo.
Representando a direção da Santa Casa, o médico Davi Sálvio Domingos Souza explicou que a dívida é consequência do desequilíbrio entre as despesas e os repasses recebidos. Segundo ele, os recursos destinados pelo Governo Federal ao hospital não são reajustados há mais de 20 anos, o que gera uma defasagem significativa no custeio da instituição.
“Recebemos, em média, cerca de R$ 22 mil por mês, valor completamente insuficiente diante da alta dos custos e das obrigações fiscais. Por isso, muitas vezes, a prioridade tem sido manter os serviços médicos funcionando, o que acaba gerando atrasos no pagamento de impostos”, explicou o médico.
Com o apoio conjunto da Prefeitura e da Câmara Municipal, a expectativa é que a Santa Casa consiga regularizar sua situação fiscal e manter o atendimento essencial à população de Campos Altos.
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